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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Afinal, chegou o dia! Sancho Pança vibra e pensa no seu descanso merecido, na sua justa recompensa... a sua ilha tão sonhada hoje é mais do que miragem.




O cavaleiro derrotado

 

 

Talvez o tempo, que tudo envolve em densas brumas

Possa esquecer o que escreveram tantas plumas

E apague a dor de ver-se os sonhos destruídos.

 

 

Fidalgo errante, ontem vencedor de mil batalhas

Hoje o que resta? Só o descanso ou as mortalhas

A inglória sina que é o espólio dos vencidos.

 

 

Efêmera é a conquista e toda glória passageira

Mas a derrota... perdura sempre a vida inteira

Ainda que pouco hoje te reste por viver.

 

 

Prefiro a morte – hás de dizer – prefiro a morte!

Já que os Deuses não te deram melhor sorte

E à tua amada... tu honrarás até morrer.

 

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