O cavaleiro
derrotado
Talvez o tempo, que tudo
envolve em densas brumas
Possa esquecer o que escreveram
tantas plumas
E apague a dor de ver-se os
sonhos destruídos.
Fidalgo errante, ontem vencedor
de mil batalhas
Hoje o que resta? Só o descanso
ou as mortalhas
A inglória sina que é o espólio
dos vencidos.
Efêmera é a conquista e toda
glória passageira
Mas a derrota... perdura sempre
a vida inteira
Ainda que pouco hoje te reste
por viver.
Prefiro a morte – hás de dizer
– prefiro a morte!
Já que os Deuses não te deram
melhor sorte
E à tua amada... tu honrarás
até morrer.
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