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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Tampouco Shakespeare, o bardo incomparável narrou algum outro mais belo, mais louvável que o de Dom Quixote por sua amada Dulcinéia


O fidalgo ante os moinhos 
 
Quem poderia opor-se à insana fúria dos gigantes
Senão o mais bravo de todos os cavaleiros andantes
O mais valente fidalgo que já cruzou estes caminhos?


Que lhe importa se a magia de um malvado feiticeiro 
Com seus ardis, desvirtue o olhar do mundo inteiro 
Para que ninguém veja nada mais do que moinhos?


Os séculos que virão hão de lembrar sempre do dia 
Em que o heroico cavaleiro, com destreza e galhardia 
Enfrentou o mais feroz e mais temível dos gigantes


E se afirmarem que viu-se derrotado em seu intento 
Que eram apenas moinhos impulsionados pelo vento 
Há de ser pela magia que iludiu também a Cervantes! 



(poema musicado por Paulo Timm)



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