www.martimcesar.com.br

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Cartas de Marear

Dia 18 de dezembro - Teatro do Círculo Operário de Jaguarão


Continuação do projeto Canções de a(r)mar e desa(r)mar

Ricardo Fragoso - Ro Bjerk - Paulo Timm - Martim César

Participação especial : Gil Soares

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Caminhos de Si - São Gabriel - dezembro - Evento da Unipampa



Cruz do Sul

O fantasma de um corsário
Ainda vaga pelo Pampa
Num comboio imaginário
De navios cruzando campos

Nos fortins de San Miguel
Santa Tecla, Sacramento
Nas batalhas sem quartel
Se forjou meu nascimento

Índios tapes misioneiros
Como novos argonautas
Enfrentando os estrangeiros
No ocaso de uma raça

O meu sul é esse rio
Pampa imenso feito mar
Fogo grande em meio ao frio
Cruz no céu do teu olhar

No olhar de antigas luas
Sobre os ‘llanos’ da memória
O extermínio dos Charruas
Sangra ainda nossa história

Correrias pelos campos
Num tempo sem alambrados
Moringue, Borges do Canto
Matreiros sobre o cavalo

Lanceiros de Canabarro
Traição, vidas cortadas
Povos negros desterrados
Triste força das charqueadas

Martim César

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Eu sou a vida que me resta, sou a lágrima que empresta luz a um rosto de mulher. Martim César







Gramática

Quando te digo minha,
Não penses em pronome possessivo.
Ninguém tem a posse de ninguém!
Muito menos os que acreditam que a tem.
Quando te digo minha,
Tomes apenas como um gesto afetivo.
Algo assim
Como uma nova figura de linguagem:
O pronome carinhoso.



Martim César

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vamos celebrar o instante, que o abraço dos amantes justifica o universo. Martim César




Como se fosse uma dança


Teus olhos nos meus olhos, como se fosse uma dança
Teu corpo no meu corpo, os dois em um só compasso
A tua mão no meu dorso, o outro braço em meu braço
Meus dedos na tua cintura e a noite é só uma criança...

Meu rosto junto ao teu rosto, como se fosse uma dança
Os dois banhados de som, bailando assim pelo espaço
Num quadro vivo de cor, nas linhas de um mesmo traço
Teu coração no meu peito e a noite é só uma criança...

Vem! Navega junto comigo no oceano de uns versos...
Eu te ofereço a minha vida e alguns poemas dispersos
Que vou deixando em teu rastro para lembrares de mim

Vem! Suspira nos meus ouvidos os teus aromas de flor
Descobre por que o universo é bem menor que um amor
E dança... dança... dança...como se a noite já não tivesse mais fim!



Martim César


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Até onde a vista alcança, pois o sonho alcança mais... Hélio Ramirez



 


Outro Saber

Eu aprendi com o tempo
A agradecer o momento
Que me alegra o coração
Aquele instante tão simples
Em que um carinho redime
Cem noites de escuridão
Sim... é nesse deus que quero crer
No que me traz outro saber
No que não mira nunca a quem
No que me faz fazer o bem
Ler um livro sem ter pressa
Sentir que a vida começa
Nessa página que se abriu
Ver que não há quem pague
A beleza de uma tarde
Nas margens calmas de um rio
Beber a paz do silêncio
Entender que o mundo imenso
Não é maior que o olhar
Sonhar muito além da conta
Pois nossa vida é uma gota
Mas vale mais do que o mar
Sim... é nesse deus que quero crer
No que me traz outro saber
No que não mira nunca a quem
No que me faz fazer o bem
Dançar na frente de todos
Sorrir o riso dos loucos
E oferecer ao sol uma flor
Para entender, cada dia,
Que a vida é a melhor poesia
E Deus é somente o amor

Martim César (melodia:Paulo Renato)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Somos um... e sendo um... somos o mundo. Martim César




A menina dos meus olhos

A menina dos meus olhos
Não me chegou de repente
Já existia em meus sonhos
Viveu em mim desde sempre

Marcou o destino um encontro
Na nossa hora precisa
E nos olhamos sabendo
Quem era quem nessa vida

A menina dos meus olhos
É meu princípio e meu fim
Quase perfeita para outros...
Mas só perfeita pra mim!

Respiro no seu aroma
A paz dos dias da infância
E as muitas partes de mim
Enfim não têm mais distância

A menina dos meus olhos
Nem necessita palavras
Quando estou triste, pressente
E o seu carinho me basta

Viemos de muito longe...
Viemos, sim, desde sempre!
Dois corpos se reencontrando
Em uma alma somente!!!

Martim César