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terça-feira, 8 de novembro de 2011

O mar de Alfonsina - Martim César





O mar de Alfonsina



Hoje eu quero o mar de Alfonsina
Um poema em corais ao sul sangrando
Vida em cena que acena e se termina
Mas se eterniza em estrelas naufragando

Uma flor que por amor em vão germina
E decide - nesse ato - onde e quando
Pois um oceano é toda alma feminina
Um copo cheio a cada gota transbordando

Podes dormir, pois essas algas são lençóis
Deixa que a lâmpada eu a apago mansamente
E se ele chamar eu só direi que não estás...

Se quer te ouvir que ouça o mar dos caracóis
Se quer te ver que veja o mar ao sol poente
Mas se quer te amar, eu só direi ‘tarde demais’!...

Mas se quer te amar, amor, direi
que a deixe em paz...
a deixe em paz...
a deixe em paz!!!

Martim César



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