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terça-feira, 26 de julho de 2011

Agenda

Dia 27 - Lançamento do CD - Já se vieram!

Casa de Cultura Mario Quintana - Teatro Bruno Kieffer - 20 hs.



Dia 29 - Coxilha de Cruz Alta

Sede como os pássaros que, ao pousarem um instante sobre ramos muito leves, sentem-nos ceder, mas cantam! Eles sabem que possuem asas. Victor Hugo




Pequeno poema de sol para dois Bem-te-vis




Numa clareira amanhece

Um sol sereno de abril

Bem na picada do mato

Que corre junto do rio


Já o verão dos mormaços

Ganhou a várzea e sumiu

Chegaram dias amenos

Ainda distantes do frio


Desde a copa de um salso

Há um passarinho que entona

Um canto de amor... serenata...

Buscando a voz da sua dona


Depois espreita em silêncio

Como bombeando a sentir

Mas não escuta sua amada

‘Onde estarás, Bem-te-vi?'


Por que não posso te ouvir

Sem ti meu sol não existe

Meu canto soa tão triste

Pois não te vi, não te vi’



O sol na fresta das folhas

Se volta em estrelas no chão

Enquanto o aroma da terra

Se espalha na imensidão


Desde a copa de um salso...

Há um passarinho que entona

Um canto de amor... serenata...

Buscando a voz da sua dona


Depois espreita em silêncio

Como bombeando a sentir

E então escuta sua amada

‘Chegaste enfim, Bem-te-vi?


Que lindo poder te ouvir

Teu canto é um dia de sol

Que faz minha vida arrebol

Meu Bem-te-vi, bem te vi!!!’






Martim César



segunda-feira, 25 de julho de 2011

En mi país somos miles y miles de lágrimas y fusiles, un puño y un canto vibrante, una llama encendida, un gigante que grita: adelante! adelante! Alfredo Zitarrosa







Cuando juega la celeste


Como un cielo de verano,


como el trueno de un tambor,

con la cara del murguista

cuando baja del camión.



Asomando por el túnel,

dominando la emoción,

a la cancha la celeste,

al boliche de la esquina,

cerca del televisor



Vamo',

vamo' arriba la celeste.

Vamo',

desde el Cerro a Bella Unión.

Vamo',

como dice el Negro Jefe:

"los de afuera son de palo",

que comience la función.



Vamo'

vamo' arriba la celeste.

Vamo',

la de ayer y la de hoy.

Vamo',

los championes de los pibes,

los botines del '50,

rocanrol y bandoneón.



Cuando juega Uruguay corren tres millones

corren las agujas, corre el corazón,

corre el mundo y gira el balón,

corre el pingo de la ilusión,

como un augurio de aquella canción.



Vamo' (Uruguayos campeones de América y del Mundo)

Vamo',

Hacha y tiza y mostrador.

Vamo',

que la historia esta cantando

con el ritmo de La Teja,

con la fuerza de La Unión.



Vamo'

Vamo' arriba la celeste.

Vamo',

con la pinta de un gorrión.

Vamo',

con linaje de rebelde,

sin más gala que su vuelo,

con destino de campeón.



Asomando por el túnel,

dominando la emoción.

A la cancha la celeste!

A las páginas de gloria!,

escalón por escalón.



Vamo',

vamo' arriba la celeste.

Vamo',

desde el Cerro a Bella Unión.

Vamo',

como dice el Negro Jefe:

"los de afuera son de palo",

que comience la función.



Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo' arriba!

Vamo' arriba la celeste.

Vamo',

La de ayer y la de hoy

Vamo',

que la copa está preciosa,

la tribuna la reclama.

Uruguay que no ni no!



Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo' arriba!

Vamo' arriba la celeste.

Vamo',

desde el Cerro a Bella Unión.

Vamo',

como dice el Negro Jefe:

"los de afuera son de palo",

que comience la función.



Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo'!

Vamo' arriba!

Vamo' arriba la celeste.

Vamo',

la de ayer y la de hoy.

Vamo',

los championes de los pibes,

los botines del '50,

rocanrol y bandoneón.





Jaime Roos


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Templos vazios onde a vida teve um fim, embora o tempo - por ser tempo - não esquece, e ainda se mostra na roseira envelhecida, que a cada ano sem porquê ainda floresce. CD Da mesma raiz



O que o tempo chamou saudade




Dizem que ficaram por aí

Que jamais puderam ir

Como outros tantos que partiram

No pó da estrada, sumidos

A buscar em novos rumos

Velhos sonhos já perdidos...



Falam que são luzes pelos campos

A rondarem esses ranchos

Que de há muito já caíram

- Madeira e barro vencidos...-

Mas que seguem existindo

Na memória dos antigos



Contam - e há uns que ainda juram -

Que nas noites mais escuras

Eles surgem desde as sombras

Como acordando as paragens

Dos corredores do pago

Pra serem mais que visagens...



Que têm nomes... sobrenomes...

E são as almas desses homens

Que volta e meia se encontram

Nos ranchos da imensidade

Para lembrarem de um tempo

Que o tempo chamou saudade.



E assim desfilam seus causos

De um mundo já olvidado

Que faz parte de outras eras...

Por isso é que no meu pago

Quando se apagam os campos

Se acende a luz das taperas!





Martim César

quinta-feira, 21 de julho de 2011

La fina seda se rompe; la muerte que allí venía: vamos el enamorado, la hora ya es venida! Romance del enamorado y la muerte

DIOS Y EL DIABLO EN LA TIERRA DEL SOL-Galuber Rocha

Coplas de amor y de muerte




Cuando de cara a la muerte

No tiembles mucho, compadre

No vas a cambiar tu suerte

Si para eso es muy tarde

Mejor morir siendo fuerte

Que morirse por cobarde



Si digo amor, compañera

Yo digo también olvido

Que el amor es una hoguera

Que se apaga en un descuido

Y como quiero que quieras

Quizás ni yo he querido



Sabe el diablo por diablo

Pero más sabe por viejo

Y el hombre, al fin y al cabo

Es de Dios sólo un reflejo

Que cruza el tiempo apurado

Y por eso no va lejos



Al amor hay que cuidarlo

Sin demostrar ningún miedo

Sin parecer ser esclavo

Ni figurarse su dueño

Que una cosa es el caballo

Y otra cosa el caballero



Dijo la muerte al viajero:

Siempre seré tu destino!

Donde vayas, compañero

Llevarás mi amor contigo

Que por tu vida me muero

Que por tu muerte yo vivo



Martim César

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Donde estas ahora Kuñatai que tu suave canto no llega a mi? Recuerdos de Ypacaraí



Romance Charrua




Chalouá,

Echo de menos tu mirada em mi camino

Aunque el destino por gualicho quizo así

Como condena nuestra pena es vivir lejos

Pero te llevo sin que él sepa junto a mí



Mi soledad

Se hace canción para volar en las praderas

Por esa tierra que hace tiempo fue tan mía

Ya no estoy, ya no estás... es otro tiempo

Pero en el viento tu nombre suena en rebeldía



Chalouá,

Muchacha dulce como la miel del camoatí

La noche en tu pelo, tus ojos de fuego

Son como el cielo donde alumbra el Guidaí



Chalouá,

Eras tan libre como en las llanuras el berá

Montaña y mar mezclando el verde y el azul

Tus pies pequeños dejaban huellas en la arena

La vida entera bajo el sol y la cruz del sur



Inmensidad,

Ya los Charruas se marcharon para siempre

Sangre y simiente rumbo al tiempo del olvido

Mas en alguna estrella yo estaré, luz y silencio

Porque en el recuerdo de tu amor yo sobrevivo



Palabras Charruas
_________________


Chalouá – Muchacha
Gualiche – Diablo

Guidaí – Luna

Berá – Ñandú





terça-feira, 19 de julho de 2011

É doce morrer no mar... Dorival Caimmy


O mar de Alfonsina





Hoje eu quero o mar de Alfonsina

Um poema em corais ao sul sangrando

Vida em cena que acena e se termina

Mas se eterniza em estrelas naufragando



Uma flor que por amor em vão germina

E que decide - nesse ato - onde e quando

Pois um oceano é toda alma feminina

Um copo cheio a cada gota transbordando



Podes dormir, pois essas algas são lençóis

Deixa que a lâmpada eu a apago mansamente

E se ele chamar eu só direi que não estás...



Se quer te ouvir que ouça o mar dos caracóis

Se quer te ver que veja o mar ao sol poente

Mas se quer te amar, eu só direi ‘tarde demais’!...



Mas se quer te amar, amor, direi

                                                  que a deixe em paz...

                                                             a deixe em paz...

                                                                 a deixe em paz!!!



Martim César



















segunda-feira, 18 de julho de 2011

No inverno te proteger, no verão sair pra pescar, no outono te conhecer, primavera poder gostar, no estio me derreter pra na chuva dançar e andar junto. (Beto Guedes/Ronaldo Bastos)




A fortaleza

Era uma fortaleza inexpugnável.
Dizem os que a cercaram e ainda vivem
Que durante tempos mais eternos que o próprio tempo,
Ela resistiu a todas as investidas.
Dizem, também, que os maiores cérebros da humanidade,
Através dos cálculos e das tecnologias mais avançados,
Inventaram armas cada vez mais potentes e destrutivas,
E que, mesmo assim, nem canhões nem mísseis,
Nem bombas infalíveis lançadas com precisão cirúrgica,
Alcançaram destruir as suas muralhas defensivas.

Era uma fortaleza realmente inexpugnável.
Até o dia em que um louco que nada entendia de batalhas,
Nem de guerras, nem de cercos, nem de táticas militares,
E muito menos de complicadas estratégias de combate,
Inventou uma estranha arma que chamou de poesia.
E, por primeira vez e para sempre,
Foi possível penetrar no quase inexpugnável
                                         coração dos homens.


Martim César

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Antes de mim outros tantos... e a mesma sina: quem sabe? Fazer eterno o meu canto pra enfim tornar-me saudade...


Canções que registram as imagens desse povo que ainda vive nos fundos de corredor, ou nos ranchos de beira de estrada. Tropeiros, alambradores, posteiros, esquiladores, bolicheiros, peões de estância, domadores. Personagens reais que o tempo insiste em apagar, mas não consegue. Basta um domingo de carreiras e lá estão eles. Nas margens das canchas retas, improvisando um jogo de tava e soltando seus versos onde a balaca de cada paisano é pura poesia pampeana. 'Não é só butiá que dá em cacho', 'Água que se queima o rancho' e por aí afora. E – de repente – já está na hora de mais uma penca... ainda hoje posso divisar nos caminhos da memória um Dom Segundo (já no fim da vida) mal e mal se segurando em riba do seu pingo e apostando os pilas, que trazia dobrados na guaiaca, com um 'gaucho' chamado Torquato Flores, mui conhecido por pajador e calavera. O coimeiro, finalmente dá por terminadas as apostas. O tempo parece que para nesse momento... os parelheiros aparecem no partidor... e – como acontece há mais de dois séculos nessas lonjuras da fronteira – ouve-se a frase famosa, que parece haver nascido com o primeiro campeiro, mescla de índio, negro e branco, que povoou estas bandas: 'Já se vieram!'.






Já se vieram!



Melodias e interpretação: Marco Aurélio Vasconcellos



Letras: Martim César Gonçalves



Arranjos: Marcello Caminha



Lançamento oficial: dia 27 de julho, teatro Bruno Kieffer, Casa de Cultura Mario Quintana – Porto Alegre – RS – 20:00

quarta-feira, 13 de julho de 2011

No crezca mi niño, no crezca jamás... vuele bajo porque abajo está la verdad, eso es algo que los hombres no aprenden jamás. Facundo Cabral




Presume-se




Presume-se que seja algo totalmente antiquado, hoje em dia, falar de amor.


Que Vinícius já não teria sentido em um mundo como o atual.


Que Neruda não seria, caso nascesse meio século adiante, essa vertente impetuosa de palavras mágicas. Nem bailaria com Matilde e que tampouco daria um filme.


Que Alfonsina não se mataria, nem deixaria o seu testamento em um poema.


Que a sociedade dos poetas mortos seria apenas uma sociedade anônima, cujo capital pertenceria a algum magnata estadunidense ou a algum mafioso russo.


Presume-se.


Presume-se que quem fale de amor esteja 'out'. Ou pior ainda: seja 'out'.


Afinal, estaria um doido neanderthal falando de um sentimento ridículo e as novas gerações cibernéticas torcendo seus narizes e sacudindo suas cabeças.


Ou nem seria necessário tanto. Fones de ouvidos e um delete seriam suficientes.


Não sabe esse dinossauro que hoje é tão rápido e fácil conseguir-se um romance.


É feito um fast-food. Algo assim como um fast-love.


Rápido atendimento. Preço barato e satisfação garantida.


E isso não se presume.


Presume-se.

Presume-se que seja algo totalmente ultrapassado, hoje em dia, falar de amor.


Que este poema não deva falar de amor.


Que não se fale de amor.


Nada de amor.


Presume-se.




Por isso não escreverei sobre amor neste poema.


Nem uma só linha.


Presume-se.






Martim César

terça-feira, 12 de julho de 2011

Deve haver algo estranhamente sagrado no sal... está nas lágrimas e no mar. Khalil Gibran




Alma de sal







Nunca foi tua esta terra


Que hoje vem te abrigar


Quem viveu sempre das águas


Foi morrer longe do mar






Parece um barco o cortejo


Feito de remos humanos


No rumo desse mistério


Mais profundo que o oceano






No mais... é regra sabida:


Todos se vão – cedo ou tarde! –


Só o que estranha é a guarida


Em um porto que não te cabe






Quem sabe nem mesmo o mar


Por não guardar os teus rastros


Já nem se revolte ao notar


A pobre ausência de um barco






Só ficou – por ironia! –


Nesse casco que te encerra


Um cheiro de maresia


Que não se extingue na terra






E a tua alma... cismando...


Envolta em sal e silêncio


Que mergulhou no oceano


Mesclada ao azul imenso!!!






Martim César


segunda-feira, 11 de julho de 2011

No soy de aquí, ni soy de allá, no tengo edad ni porvenir y ser feliz es mi color de identidad. Facundo Cabral




Os poetas estão mortos




Reunião de cúpula dos senhores da guerra.



O generalíssimo fala:

“ - Finalmente os poetas estão mortos.

Não restou nenhum habitante desse reino de ilusões.

Podemos seguir para a segunda fase da nossa conquista.

Reitero: - Os poetas estão mortos... todos eles.”



Porém, no final da mesa (aquelas mesas gigantescas) alguém grita:

“- Mas e a poesia, como haveremos de matar a poesia?”



O generalíssimo olha com furor para o seu inquiridor

(um reles general de divisão, recém promovido)



E contesta:

“- Se os poetas estão mortos, logicamente a poesia também está morta.



- Mas senhor... eu ainda recordo várias poesias... isso não quer dizer que a poesia não morreu?



- Já trataremos disso.”



Olha para os outros comandantes. Alguns graduados com medalhas adornando suas fardas militares.

“- Fuzilem-no”.



Sob protestos o infeliz general é carregado, vendado e fuzilado.



“Agora sim a poesia está morta.”



Ninguém se atreve a contestar.



Contudo, misteriosamente, nos dias que se seguem, todos os presentes àquela reunião de cúpula começam a se suicidar.





O generalíssimo não se suicida, mas enlouquece. Também ele acaba tentando o ato extremo, mas lhe falta a coragem necessária.

Assim perde o mando e é, por fim, internado em um manicômio.



Dizem os cronistas que ele anda hoje em dia pelos corredores a recitar incansavelmente alguns versos de Neruda.



Martim César


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Poesia em Montevideo - Solstício de Inverno



VIERNES 8 DE JULIO - 20 a 24 hs - Mercado de los artesanos



ESCENARIO 3 - 20:45 a 22




Martim Cesar (Confraría dos Poetas do Jaguarào, Brasil)/Leonardo Oxley (violín y flautas)/Hoski/Diana Raquel/Petrovich Sandra, y Fede, Leo en percusión/Severo Fabián&Díaz Ernesto




 
ACTIVIDADES



Miércoles 6, Jueves 7 y Viernes 8 – Casa y Escenario Ronda de Poetas



Solsticio de Invierno - 8° Cumpleaños de la Casa.



94 artistas participan del octavo cumpleaños de la Casa en un evento multidisciplinario (lecturas, música, performances, proyecciones) que durará tres días.



Organizan: Casa de los Escritores del Uruguay/ Marcos Ibarra/ Agamenón Castrillón/ Silvia Carrero Parris. Sonido: Santiago Dweitz. La estética del Mercado, a cargo de Lilián Degiorgis, Fernando Roel, Sandra Petrovich, Santiago Antognazza&Grupo Mercedes. Lotería literaria. Habrá un altar profano para sacralizar dioses menores.



Cada socio, un anfitrión.




MIÉRCOLES 6 - 20 a 24- Mercado



ESCENARIO 1 - 20 a 21: 30



Arbeleche Jorge/ Bacci Enrique/Benavides Washington/Bervejillo Hugo/Lucas Agustín



ESCENARIO 2 -20:30 a 22



Barea Martín/Chiz Betty con Mytyl González y Diego Rodríguez/D'Auria Verónica/ Heinzen Margarita /OroñoTatiana/Solís Elena



ESCENARIO 3 - 20:30 a 22



Fundación Nancy Bacelo,Patricia Kramer (música)/Leonor Sofía/Eguren Deborah con Enrique Rodríguez/



Magliano Claudia/Sonia Otero/Perdomo Delma



ESCENARIO 4 - 22 a 24



Fernández Gustavo/Galante, Pablo y Pablo Korovsky/Jantos Sebastián/Padín Clemente







JUEVES 7 – 20 a 24 - Mercado



ESCENARIO 1- 20 a 21:30



Baltar Guillermo/Emmi Blanca/Grupo Mercedes más Agamenón/Olivar Daniela/Rivero Tabaré



ESCENARIO 2 - 20:30 a 22



Legaspi José/Mondino Myriam/Ojeda Álvaro/Pintos Ma.Laura/Roddel Paulo



ESCENARIO 3 - 20:45 a 22



Campos, Claudia/Echevarría Andrés/Eyherabide Glenia/Luraschi Duilio/Prida Silvia&Biescas Margarita



ESCENARIO 4 - 22 a 24



Fontanini Adelaida/Figueroa Mariana&Seba, Leo, Becho/JAZZ del Mercado/Maca-Goicoechea-Mora



Satrapía (Gallo, Vela, Sánchez)







Jueves 7 - 21 a 23 - ESCENARIO RONDA DE POETAS/CIUDADELA Y LA RAMBLA



COORDINA MARTÍN BAREA MATTOS.



Carvallo Yoel (poesía)/Buffa Radamés (poesía)/Ibarra Rosario (textos)/Pérez Alicia (varios)/



Stagnaro Andrés (música, poemas cantados)







VIERNES 8 DE JULIO - 20 a 24 hs - Mercado



ESCENARIO 1- 20 a 21:30



Afamado, Ethel/Altesor, Sergio/Gallo Paola/Hirigoyen Lilián/Perdigón Johanna/Poloni Hernán - Silvia Carrero



ESCENARIO 2- 20:30 a 21:30



Mariño Patricia/Estevan Andrea/Olivera Miguel Ángel (Cristo)/Pereira Luis/Preza Alicia/Trabal Inés/



Varela Nedy



ESCENARIO 3 - 20:45 a 22



Martim Cesar (Confraría dos Poetas do Jaguarào, Brasil)/Leonardo Oxley (violín y flautas)/Hoski/Diana Raquel/Petrovich Sandra, y Fede, Leo en percusión/Severo Fabián&Díaz Ernesto



ESCENARIO 4 - 22 a 1



Alonso Laura & Decerradores/González Joselín/Guichón Víctor/HeyLadies&Gentleman



















Jueves 14, 19 hs, Casa – Presentación de “La furia del alfabeto”, (Letradura ediciones, 2011), des-cuentos de Melba Guariglia. Tratan estos textos de la importancia del alfabeto, el alfabetismo y el arte de escribir, de las letras no como meros instrumentos, sino por lúdica conversión y protagonistas. Como dice M.G.: “Aunque parezcan relatos inocentes, no hay palabras inocentes”. Presentan Dina Díaz y Teresa Porzekansky. Anfitriona Sonia Otero.







Jueves 21, 19 hs, Casa – Presentación de “La canción de los duendes” (Paréntesis Editora, 2011), poesía de Jorge Arbeleche. Presenta Ricardo Pallares. Anfitriona Rosana Malaneschii







Martes 26, 19 hs, Casa- Presentación de “Amores Cimarrones. Las mujeres de Artigas” (Banda Oriental, 2011), novela de Marcia Collazo. Seis mujeres en las que se condensan cien años de historia nacional, desde la fundación de Montevideo al destierro de Artigas. Seis mujeres unidas al destino de un mismo hombre, en quien dejaron una huella profunda, trágica en ocasiones, pero siempre memorable; un hombre al que algunas vieron nacer y ninguna verá morir.



Presentan Ricardo Pallares y la autora. Anfitrión Lauro Marauda.



Ver más sobre “Amores cimarrones” en







www.bandaoriental.com.uy







www.facebook.com/EditorialBandaOriental







jueves 28, 19 hs, Casa – Conferencia La Casa Invita: “¿De qué modos es posible pensar en el Uruguay?” Conversación con Horacio Bernardo (Licenciado en Filosofía y escritor) sobre las posibilidades de desarrollar un pensamiento propio en el Uruguay, a la vez se mostrará cuatro modalidades en las que es posible trabajar con ideas en nuestro país, observando cómo dichas modalidades han sido empleadas en nuestra historia. Anfitriona Rosana Malaneschii.







Auspicios



Viernes 15 de julio, 21:30 hs, Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación (Magallanes entre Uruguay y Paysandú)- Presentación de “Hacia Ítaca” (Yaugurú, 2011), Premio Jóvenes Narradores de la Casa de los Escritores del Uruguay (2010). Presentan Lauro Marauda y el autor. Cierra La Nelson Olveira, en una propuesta que combina melodías de la banda con fragmentos del texto.

Los tambores transmiten la buena nueva: los invasores no son inmortales. Eduardo Galeano



Canção dos deserdados







Esquecidos, nestas pátrias esquecidas


Seguimos engendrando a nossa arte


Insistindo em fazermos nossa parte


Semeando flores entre as ruínas desta vida






Deserdados, destas terras deserdadas


Vivemos de buscar outro destino


Corpo adulto, mas a alma de menino


Mente aberta pras manhãs ensolaradas






Divididos, nestas pátrias divididas


Separados por fronteiras invisíveis


Dom Quixotes de bandeiras impossíveis


De uma América que sonhávamos unida






Explorados, nestas nações exploradas


Ainda lutamos em defesa da alegria


Acreditando que é real nossa utopia


Há de chegar a igualdade tão sonhada






Viajantes, companheiros desta estrada


Onde tudo se faz nada no engano de uma curva


Caminhantes, sonhadores deste tempo


Onde a vida é só momento, uma luz na noite escura





Martim César

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Coração é terra que ninguém vê. Cora Coralina



O olhar detrás da porteira




Quantas iguais a Bibiana?

Quantas iguais a Ana Terra?

Mulheres tantas da guerra

Dessas lonjuras pampeanas



O olhar detrás da porteira

Bombeando a estrada além

O vento levando a poeira

Das tropas que vão e vem



Olhos com sede de rio

Mirando as águas do açude

Fiando... anos a fio

Desfiando a juventude



Quantas iguais a Ana Terra?

Quantas iguais a Bibiana?

A alma livre, haragana

Que sob o corpo se encerra



São mulheres campesinas

Semeando os dias iguais

É o tempo, é o vento, é a sina

Fiar, fiar... nada mais!





Martim César

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dia 27 de Julho - Lançamento do CD 'Já se vieram!'




(Molina Campos)



Melodias e Interpretação:

Marco Aurélio Vasconcellos 


Letras:

 Martim César Gonçalves


(Arranjos e direção musical: Marcello Caminha)




Casa de Cultura Mario Quintana - Porto Alegre



Um dia frio... um bom lugar pra ler um livro, o pensamento lá em você... eu sem você não vivo. Djavan



Cuando amanecen tus ojos






Hoy despertaste a mi lado

Tan hermosa como ayer...

Y bajo la luz de tus ojos

Nació otro amanecer



Y me sonreíste al mirarme

Y yo al mirarte sonreí

Aunque tengo casi nada

Tengo el universo en ti



Cuando amanecen tus ojos

En soles luciendo en mí

Mi alma se hace paloma

Cruzando un cielo de abril



Yo nunca supe, mi vida

Como un día te encontré

Pero ya sé desde entonces

Que jamás te olvidaré.



?!Cómo han pasado los años!?

!Vida que no volverá!

Tan de pronto, compañera

Que no los vimos pasar



Pero a pesar del camino

Que ya nos pesa al andar

Yo descubro a cada día

Que te quiero más y más...



Martim César

segunda-feira, 4 de julho de 2011

La paz no es solamente la ausencia de la guerra; mientras haya pobreza, racismo, discriminación y exclusión difícilmente podremos alcanzar un mundo de paz. Rigoberta Menchú



Fragilidade


(para Rigoberta Menchú)


Uma mulher lutando contra um império.

Uma mulher detentora da força de todo um povo.

Uma mulher índia. Latino-americanamente índia.

Uma mulher gritando a vida dos seus mortos.

Eles aniquilados, torturados, desaparecidos,

(nela ressuscitados, renascidos, redivivos).

Eles, aos milhares, às centenas de milhares,

fuzilados, trucidados, engolidos pela terra.

Eles, agora envoltos pela mesma mortalha

feita da terra a que pertenciam

e que a eles pertencia.

Eles reerguendo-se, levantando-se, renovando-se

na eternidade cíclica da árvore e da semente.



Uma mulher somente, e que é muitas mulheres.

Uma mulher apenas, e que é todas as mulheres.

Rompendo casulos, levantando véus, saindo da casca,

descobrindo-se livre por si mesma,

sem liberdades oferecidas ou alforriadas.

Uma mulher liberta e não libertada.



Índia, branca, mestiça, negra, o que importa?

Uma mulher feito um rio rebentando represas.

Uma mulher onde se encontra o olhar de todos nós.

Uma mulher varando a escuridão da noite artificial,

revelando a face por trás das máscaras

de todos os opressores deste mundo.

Uma mulher mostrando que fragilidade e fraqueza

embora sendo palavras parecidas,

na realidade, têm significados inteiramente,

totalmente, completamente diferentes.



Martim César

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Para que preciso de pés, se tenho asas para voar? Frida Kahlo (pintora mexicana)




Sobre um varal de campanha





De longe se avista um baile

Tendo prendas bem vestidas

Com fazendas multicores

Deixando a tarde florida



Os gaúchos - bem mais sóbrios

Talvez por comedimento

Somente às vezes se empolgam

No impulso de um pé-de-vento



Para quem se achega parece

Ver-se a harmonia de um tango

Nesses casais que se embalam

No vai-e-vem de um fandango



Porém bombeando de perto

Essa visagem campeira

Por fim se entende o motivo

De não haver polvadeira



Tendo o sol por lamparina

E a brisa por melodia

Junto às casas coaram roupas

Numa total sincronia



Vestidos, lenços, bombachas

Taquara, corda e roldana

São personagens de um quadro

Em tardes de ressolana



Essa é a visão que enxerguei

E ainda hoje me acompanha...

- Eu vi a vida estendida

Sobre um varal de campanha!



Martim César