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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Un barco frágil de papel parece a veces la amistad pero jamás puede con él la más violenta tempestad porque ese barco de papel tiene aferrado a su timón por capitán y timonel un corazón, un corazón, mi corazón. Alberto Cortez






Poema sobre a saudade

Frágil teia que se rompe sem se ver
Sem que ninguém saiba a hora e o lugar
De repente chega o anoitecer
E a manhã de sol que já não mais virá

Restam fotos de saudade nas paredes
E na rede só o vento a se embalar
Restam ruas sem o ressoar dos passos
E os abraços que não pode mais se dar

Uma voz que se erguia em rebeldia
Se rendeu às armadilhas do silêncio
Um sorriso em que cabia toda a paz
Não é mais do que lembrança de momento
Um olhar que incendiava o sol
É farol que se apagou em nosso tempo

Que fronteira que se cruza num segundo
E nos deixa sempre o mundo mais vazio
Que universo que o verso não alcança
Que distância que só vence quem partiu!

Há um rastro dessa ausência nas canções
E mil razões que não têm como explicar
Há um nome que a saudade sempre lembra
E um poema que ainda espera o seu final!


Martim César Gonçalves

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