Um
país além dos mapas
Um
país além dos mapas
Em
meio a terras sem fim
Que
nasce no Amazonas
E
morre dentro de mim
Nos
fundões de um continente
Caipira
e interiorano
No
longe dessas urgências
Dos
formigueiros urbanos
Sangue
tupi-guarani
Raça
mestiça e ameríndia
Seiva
negra dos quilombos
Pantanal,
pampa, caatinga...
Boi-bumbá,
meu boi barroso
Só
é minha essa boiada
Tanta
terra para poucos
Para
muitos só a estrada
Meu
Rio grande é sul a norte
Minha
sorte tenho não
Mas
antes da minha morte
Quero
plantar no meu chão
Um
país que poucos veem
Mas
que lutando resiste
Com
mil sotaques distintos
E
mesmo pobre não é triste
Um
país além dos mapas
Que
amanhece pouco a pouco
Para
antes tarde que nunca
Ser
essa pátria de todos
Martim
César
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