Um
certo jeito de rio
Tem
vez que a vida nos leva
De
roldão por seus mistérios
Aparta
a gente do curso
Nos
enche a alma de inverno
São
tardezitas nubladas
Em
que a solidão pede vaza
Nos
pega soprando as cinzas
Que
um dia já foram brasas
Há
um certo jeito de rio
Que
sempre trago comigo
E
mesmo ainda tão moço
Herdei,
talvez, dos antigos
São
os mistérios do mundo
Que
me fizeram cantor
Dos
versos que vem do fundo
Do
rio profundo em que vou
Pois
não me explico, por certo
No
dom que em vida me cabe
Porque
o meu peito deserto
Em
mil poemas se abre
Talvez
somente a intuição
É
que vem contar de onde eu vim
Que
sou tão só continuação
Nos
versos que trago em mim
Há
um certo jeito de rio
Que
irá comigo ao partir
Mas
ficará nas canções
Que
alguém um dia há de ouvir!
Martim
César
|
www.martimcesar.com.br
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Sou eu, paisano... este rio sou eu! Em sombra e luz, em morte e vida... destino de correr que Deus me deu; alma de quem está sempre de partida
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário