Pedra de fogo, riso moleque
Vó na varanda da casa
antiga
Contava histórias que ouviu
contar
Sempre a certeza que o herói
viria
Salvar a moça , bem no
final
Luar lá fora, grilos
cantando
Vida passando sem avisar
Sol na janela, quem poderia
Dizer que um dia ia
terminar?
Pedra de fogo, riso moleque
Lembrança viva neste meu
cantar
Sonho moleque de infância
pobre
Riqueza é o riso que se
pode dar
Lá no remanso lavei meu
rosto
Bebi da fonte melhor que há
Cheiro de terra, se é sol e
chuva
Casa viúva em algum lugar
Roda do tempo, gira em
silêncio
Leva por diante tudo ao
passar
Da casa antiga já nada
existe
Só ainda resiste no meu
olhar
Martim César
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