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quarta-feira, 22 de junho de 2011
Ojalá que las hojas no te toquen el cuerpo cuando caigan, para que no las puedas convertir en cristal. Silvio Rodríguez (trovador cubano)
Feito chuva no deserto
Guardo na moldura das retinas
Essa imagem que me ensina
Que é possível ser feliz
Teus passos desbravando as fronteiras
Desfazendo as trincheiras
Que inventei pra o meu país
Eu vinha de andar léguas a fio
Nesses caminhos vazios
Sem a paz de algum remanso
Quando achei teu rumo certo
Feito sombra em campo aberto
Pra embalar o meu descanso
Mas depois que deste voz ao meu silêncio
Que me mostraste o mundo imenso
Onde eu era solidão
Um dia inventaste a despedida
Me deixando em tua partida
Para sempre na estação
Ah!Hoje sei que é em vão toda essa espera
Que já passou a primavera
E o nosso inverno já chegou
Mas também sei que é melhor minha ilusão
Do que não ter no coração
A lembrança de um amor
Eu vinha de andar sem mais destino
Que esse doido desatino
De viver só por viver
Quando descobri teu rumo certo...
Foste chuva no deserto
Que faz tudo florescer
Martim César
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