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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Libre te quiero como arroyo que brinca de peña en peña, pero no mía. Grande te quiero como monte preñado de primavera, pero no mía... ni de Dios ni de nadie... ni tuya siquiera! Amancio Prada



Tigre no jardim




Como domar a fera que há em mim
Metade Nosferatu, outra metade Querubim?
Esse não querer, querendo assim
Sol branco de neve, lua de carmim?


Como exorcizar os fantasmas do porão
Metade paraíso, outra metade solidão
Esse ser que pensa, todo sensação
Fogo sobre o gelo, geleira no carvão?


E vou contar-te um segredo, meu amor
Eu tenho medo de ter medo dessa dor
Sangue sobre o linho, vinho sobre a flor
No imenso azul marinho, mais um navegador


Como domar o tigre em meu jardim
Uma parte Kafkiana e outra parte de Merlin?
Esse olhar de cego que enxerga tanto assim
O claro do carbono, o escuro do jasmim?


Como iludir o tempo sempre tão fugaz
No corpo rio veloz, na alma muito mais?
Ser que em tudo crê e diz que tanto faz
Menino frente a Deus, guerreiro em plena paz?


Martim César

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