Visagens
Galeões imaginários
Vão cruzando pelos ares
Assombrando a noite imensa
Cometas em revoada
Dão luzes à madrugada
De uma era em decadência
Um mendigo abre as asas
Bailando ao som de uma valsa
Que ninguém mais pode ouvir
Rende mesura a uma dama
Que num outdoor se derrama
Anunciando um souvenir
Um tigre corta a cidade
Tendo nos olhos a imagem
De entardeceres glaciais
E uma estátua de vidro
Devora as folhas de um livro
De mil milênios atrás
Mais um relógio de areia
Dentro do mar se incendeia
Lançando ondas ao céu
Enquanto ao sol de uma praça
Um saltimbanco faz graça
E depois recolhe o chapéu
Espelho vivo de um quadro
Que dia-a-dia é pintado
Mostrando de tudo um pouco
Tão só visagens normais
Brotando desde os vitrais
Dos olhos claros de um louco
Martim César
Galeões imaginários
Vão cruzando pelos ares
Assombrando a noite imensa
Cometas em revoada
Dão luzes à madrugada
De uma era em decadência
Um mendigo abre as asas
Bailando ao som de uma valsa
Que ninguém mais pode ouvir
Rende mesura a uma dama
Que num outdoor se derrama
Anunciando um souvenir
Um tigre corta a cidade
Tendo nos olhos a imagem
De entardeceres glaciais
E uma estátua de vidro
Devora as folhas de um livro
De mil milênios atrás
Mais um relógio de areia
Dentro do mar se incendeia
Lançando ondas ao céu
Enquanto ao sol de uma praça
Um saltimbanco faz graça
E depois recolhe o chapéu
Espelho vivo de um quadro
Que dia-a-dia é pintado
Mostrando de tudo um pouco
Tão só visagens normais
Brotando desde os vitrais
Dos olhos claros de um louco
Martim César
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