No outono dos calendários
No outono dos calendários
O menino se torna um velho
Sem entender em que horários
Nasceram rugas no espelho
Os retratos nas gavetas
Relembram velhas histórias
Que vão sumindo na poeira
Dos caminhos da memória
Partem amigos e amores
Deixando atrás o silêncio
Vamos ganhando de ausência
O que perdemos de apreço
No outono dos calendários
Caem as folhas dos dias
Os homens abrem suas asas
Deixando as casas vazias
Seguimos sempre a corrente
De um rio que acaba no mar
Que passa tão velozmente
Que nem parece passar!
O tempo não passa a esmo
E nos cobra ao passar seu preço
A vida que segue em frente
Nos traz a morte do avesso
Quem sabe seja o final
Somente um outro começo???
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