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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Somos o que fazemos e principalmente o que fazemos para mudar o que somos. Eduardo Galeano





No outono dos calendários

No outono dos calendários
O menino se torna um velho
Sem entender em que horários
Nasceram rugas no espelho

Os retratos nas gavetas
Relembram velhas histórias
Que vão sumindo na poeira
Dos caminhos da memória

Partem amigos e amores
Deixando atrás o silêncio
Vamos ganhando de ausência
O que perdemos de apreço

No outono dos calendários
Caem as folhas dos dias
Os homens abrem suas asas
Deixando as casas vazias

Seguimos sempre a corrente
De um rio que acaba no mar
Que passa tão velozmente
Que nem parece passar!

O tempo não passa a esmo
E nos cobra ao passar seu preço
A vida que segue em frente
Nos traz a morte do avesso

Quem sabe seja o final
Somente um outro começo???

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