A
verdade da memória
Não
pensem que esquecemos Pinochet
E
os ianques que eram lobos disfarçados
Sob
um condor que se fartou do alheio sangue
De
um continente para sempre mutilado
Não
pensem que esquecemos Libertad...
Essa
prisão que tinha o nome tão mal posto
Em
um país que foi de Artigas e Sendic
E
dos fuzis que deram fim a tantos sonhos
Eis
a memória que o tempo não apaga
Eis
a história registrada a ferro e fogo
Passa
o tempo mas não passam tantas lágrimas
Que
ainda escorrem pela alma do meu povo
É
tão mais fácil apregoar o esquecimento
Varrer
a mancha indesejável dos caídos
Lavar
as mãos frente à injustiça do passado
Não
ouvir a voz das mães-avós dos desaparecidos...
Não
pensem que esquecemos Riocentro
Dos
mercadores de mil mortes anunciadas
Com
suas fardas sempre em busca de uma guerra
E
que sem canhões e baionetas não são nada
Não
pensem que esquecemos Rodolfo Walsh
A
dignidade tem valor, nunca tem preço
Esses
que deram suas vidas por justiça
Viverão
na voz do povo... além do tempo!
Não
pensem que esquecemos Pinochet
Não
pensem que esquecemos Libertad
Não
pensem que esquecemos Riocentro
Não
pensem que esquecemos Rodolfo Walsh
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