Sob
uma cruz de madeira
Há
uma cruz junto à estrada
Feito
um triste monumento
A
mostrar que a vida é um nada
Não
mais que um sopro no vento
A
quem pertence... ( e o que importa?)
É
uma a mais de outras tantas
Esperança
e madeira já mortas
Num
pássaro que já não canta
Partiu-se
ao meio um destino
...errou
o sentido da seta!
Foi
mais um que - em desatino -
Fez
de uma curva uma reta
Fica
um vazio tão imenso
Que
nenhum poeta descreve
Resta
um olhar de silêncio...
Que
a terra lhe seja leve!
Há
uma cruz junto à estrada
Rodeada
de algumas flores
É
a morte, enfim, enfeitada...
- Ela também tem suas cores -
E
assim se vai tanta gente
Vidas
perdidas na poeira
Sonhos
desfeitos... pra sempre!
Sob
uma cruz de madeira!
Martim
César
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