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sexta-feira, 4 de maio de 2012

La muerte es una acción que empieza y que no acaba. Mientras que la vida empieza y termina, no terminamos nunca de estar muertos (…) es nuestra extraña inmortalidad, la de haber sido y no ser nunca más, por los siglos de los siglos. Circe Maia - Poetisa Uruguaia



Sob uma cruz de madeira


Há uma cruz junto à estrada
Feito um triste monumento
A mostrar que a vida é um nada
Não mais que um sopro no vento

A quem pertence... ( e o que importa?)
É uma a mais de outras tantas
Esperança e madeira já mortas
Num pássaro que já não canta

Partiu-se ao meio um destino
...errou o sentido da seta!
Foi mais um que - em desatino -
Fez de uma curva uma reta

Fica um vazio tão imenso
Que nenhum poeta descreve
Resta um olhar de silêncio...
Que a terra lhe seja leve!

Há uma cruz junto à estrada
Rodeada de algumas flores
É a morte, enfim, enfeitada...
- Ela também tem suas cores -

E assim se vai tanta gente
Vidas perdidas na poeira
Sonhos desfeitos... pra sempre!
Sob uma cruz de madeira!

Martim César

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