Por
esses fundos de campo
Quando
se alargam as horas
Por
esses fundos de campo
E
a noite desse seu manto
Ensimesmando
as lonjuras
Em
meio às léguas escuras
Se
acende a luz do meu rancho
Não
há um pintor que retrate
Tantos
recuerdos perdidos...
Num
rancho de chão batido
Dedilho
então a guitarra
E
por solidão ou por farra
Acompanho
o canto dos grilos
Velho
alambrado de cordas
Que
tantos sonhos encerras...
És
igual a essas taperas
Que
todo paisano, ao vê-las
Campeia
a luz das estrelas
Mas
mais se afunda na terra
Por
esses fundos de campo
-
Se a solidão nos agarra -
Um
canto que vem da alma
Nos
protege dos açoites...
Não
há guitarra sem noite
Nem
há noite sem guitarra!
Martim
César
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