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quinta-feira, 14 de abril de 2011

O tempo é um fio bastante frágil... um fio fino que à toa escapa. Henriqueta Lisboa.



A insistência da sombra



De manhã uma sobra comprida
Aponta ao poente incerto
Do lado de cá está a vida
A infância de olhos abertos


Sobe o sol... é o seu destino
-E já ilumina toda a cena -
Embaixo cresce o menino...
Mas sua sombra se apequena!


Quando chega o meio dia
A sombra desaparece
E a vida é toda energia
O sol dos sóis nos aquece


Nesse momento tão louco
Vivemos sempre apurados
Nem percebemos que aos poucos
A sombra mudou de lado


Enquanto o sol ainda arde
Em sua quase plenitude
Cresce a sombra pela tarde
E já é tarde... pra juventude!


No ocaso a sombra é comprida
E agora já é certo o poente
Atrás ficou toda a vida
Mas o que haverá pela frente?

O que esperará do outro lado?
Nunca há quem nos responda
E já parte o sol... derrotado!
Pela insistência da sombra!

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