www.martimcesar.com.br

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Não tenho mais do que o verso e todo o meu universo cabe na palma da mão, mas sei que toda riqueza não vale mais que a beleza que nasce do coração.


Alavanca de Arquimedes


A poesia é uma flecha por chegar ao seu destino
Um tigre no instante de alcançar a sua presa
Um equilibrista sobre a corda, entre a glória e o desatino
Um rio de águas revoltas derrubando uma represa

A poesia é o espelho entre um velho e um menino
Essa vela que se acende... essa outra ainda acesa
Uma tarde de verão: sombra fresca e sol a pino
Uma llovizna de inverno acinzentando a natureza

Muito mais que a voz, é essa alma que me pedes
Muito além da escrita, é um algo mais profundo
Balança em que não pesas; régua em que não medes

Fundo de poço... (mas de poço sem ter fundo!)
Um poeta recitando, qual se fosse um Arquimedes:
Dêem-me um poema, por favor, um só...
..........................................e eu moverei o mundo!


Martim César

Um comentário: