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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quereme así, piantao, piantao, piantao... abrite los amores que vamos a intentar la mágica locura total de revivir... (Astor Piazolla)

A ti Tereza... a louca.
A ti Tereza... a louca, que eternizou-se em uma imagem que marcou a minha infância.
A ti Tereza... a louca, que timbrou-se nas retinas e nas vidas de todos os que habitaram neste encontro de dois mundos.


Delírio

Deliro! E em meu delírio, feito um doido, eu pressinto
Que hoje me encontro sob as regras de outro plano
Onde só digo a verdade - na verdade - quando minto
Onde o tempo não existe e a vida é um grande engano

Um minotauro corre a esmo em seu infindo labirinto
Temeroso de encontrar, outra vez, um ser humano
Há milênios não compreende seu destino desumano
De viver em um pesadelo e morrer por ser distinto

Fera ou homem? Neste quadro em que eu me pinto
Pouco importa. São tão iguais logo após cair o pano
E se eu sou ambos, toda a dor que imponho e sinto

É duplicada pelo espelho, onde vejo um ser extinto
Quero voltar à realidade, mas é tarde!... o cotidiano
É um vampiro confundido entre sangue e vinho tinto.


Martim César

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