Torquato Flores, presente!
Que eu ‘tava’ morto, disseram
E eu tinha que acreditar
Pois me enterrar já quiseram
Sem flor, nem vela ou altar.
Espalharam aos quatro ventos
Torquato Flores já era!
E brindaram meu passamento
Como se eu fosse tapera...
Que um dia me vou é certo!
Mas contrariado, asseguro
Pra quê campear o escuro
Com tantas luzes por perto?
Por isso digo e repito:
Não me levem de vencida!
Nem sempre ganha a corrida
Quem pousa de favorito.
Cantaram morta a carreira
Antes mesmo da largada
Mas quando sentar a poeira
Verão quem cobra a parada.
Dobrem a aposta, senhores!
Que não se entrega um valente
Em guerras, coplas e amores
Eu grito ao pago: presente!
Em guerras, coplas e amores...
Torquato Flores, presente!
Martim César
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