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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O hoje é sempre, o amanhã é nunca mais...



Uma menina sobre o penhasco 

Uma menina sobre o penhasco
Está prestes a dar o seu último passo...

O seu vestido esvoaça ao mais leve soprar
De uma brisa noturna...

Uma lua imensa observa, ao fundo
Parada no céu, iluminando a cena.

O murmúrio das ondas quebrando-se nas pedras
Parece um cantar de sereia, ao longe, chamando...

Uma menina sobre o penhasco
Está prestes a dar o seu último passo...

A ilusão inventa asas que a realidade não possui.
O tempo detém seu caminho. O vento já nem respira.

Nenhuma beleza pode ser tão trágica!
Nenhuma tragédia pode ser tão bela!

De repente, o ato final... a rebeldia e a inocência
Desafiam a vida e se misturam à escuridão da noite.

O tempo volta a correr. O vento respira, outra vez.
A lua se afasta, lentamente. O penhasco está vazio...



Martim César

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