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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar... Paulinho da Viola



De uma bússola sem ponteiros

Como se o mundo nascesse
Outra vez e eu me perdesse
Na imensidão do teu mar

E como se assim naufragasse
Quando, por fim, tu chegasses
Pra ser meu norte e o meu cais...

Olha-me como se eu fosse
Essa razão que te trouxe
Ao mesmo lugar que eu vim

Deixa-me mostrar que a vida
Só é vida... compartida
Num querer tão grande assim

Busca-me além da pele
Pra que a alma te revele
O que eu sou dentro de mim

Vive em ti meu universo
Cada canção, cada verso
O meu princípio e o meu fim

Como se o sol dos meus dias
Soubesse que chegarias
Tendo seu brilho no olhar

E como se, enfim, me dissesses
Que este sonho merece
Não terminar nunca mais!

Martim César

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