Cantiga
de noites claras
Eu
lembro quando a gente caminhava à toa
Pelas
ruas da cidade, a nossa vida boa
O
destino ainda dormia em nossos corações
Tempos
de ser aprendiz nas manhãs de escola
E
de correr feliz num jogo de bola
O
futuro era somente uma conjugação
A
gente ia cantando por toda cidade
As
velhas canções de amor daquelas serenatas
Que
o tempo foi calando aos poucos pelas madrugadas
A
noite sempre tinha uma lua clara
Que
nos presenteava seu olhar de prata
Lembrança
que me encanta e ainda hoje canta
Quando
saio com o meu violão
Num
tempo em que o tempo não tinha segredo
Em
que a vida era um grande brinquedo
Em
que tudo era possível fosse certo ou não
Tão
longe pareciam de nós os perigos
Armados
com mil sonhos, cercados de amigos
O
futuro ainda cabia em nossas próprias mãos
Martim
César
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