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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O universo é como um cofre para o qual existe uma combinação. Mas essa combinação está trancada dentro do cofre. Peter de Vries





Pedra de fogo, riso moleque

Vó na varanda da casa antiga
Contava histórias que ouviu contar
Sempre a certeza que o herói viria
Salvar a moça , bem no final

Luar lá fora, grilos cantando
Vida passando sem avisar
Sol na janela, quem poderia
Dizer que um dia ia terminar?

Pedra de fogo, riso moleque
Lembrança viva neste meu cantar
Sonho moleque de infância pobre
Riqueza é o riso que se pode dar

Lá no remanso lavei meu rosto
Bebi da fonte melhor que há
Cheiro de terra, se é sol e chuva
Casa viúva em algum lugar

Roda do tempo, gira em silêncio
Leva por diante tudo ao passar
Da casa antiga já nada existe
Só ainda resiste no meu olhar

Martim César

Um comentário:

  1. Minha bela Cidade Heróica, das portas majestosas.
    Do rio que corre em minha alma....
    Das manhãs, do sol e da calma, da bela, na janela.
    Da fronteira sem cancela, do homem puro, contente.


    Das águas cristalinas e correntes, das lendas e dos que partiram.
    Daqueles que adotaram, Jaguarão como querência.
    Porto da sapiência, cantar do acalanto, do Mario, Tereza do franco das galinhas do gênio Té.
    Da fé no Cristo, na Santinha, daqueles que não tem fé.
    Do amor da linda mulher, que se perdeu na enfermaria.
    Da rua do amor, do carnaval da borboleta dos Boêmios da vermelha toda Estrela.
    Sabem todos, ninguém agüenta, quem? Agüenta vai passar, a vinte sete, vai virar um mar de muitos Heróis.
    O negrão, lá vem o gigante.
    Tito Almirante, talvez Marechal.
    Fedegosa majestosa.
    Mestre Vado, da o sinal, não tem raça nem credo.
    Os coronéis do passado, todos nós do presente, o mascarado enfeitado, em meio a tanta alegria.
    Da casa veio a prata ou talvez da palestina.
    O encanto da minha retina do carnaval que passou.
    Há! O Harmonia espera, o Jaguarense aguarda, sem Caixeral não a festa, o Suburbano quem diga, nem mesmo no Vinte Quatro, qualquer numero é ingrato diante a centenas na rua, dando amor a quem não tem.
    O Adém perdeu o trem, cadê a sombrinha azul? Ninguém falou, ninguém viu, uma Mocinha eterna, mostrou sua bandeira, na aquarela da fronteira, mais linda do Brasil.
    O folião, fez as pazes com alegria, mostrando que um novo dia nasce na madrugada. Em quem senta na calçada, aparando o sereno.
    Jaguarão que sempre um dia, a todos nos faz lembrar.
    Quem fica, quer ver o mundo.
    Quem parte, quer sempre voltar.....

    Autor: Renato Jaguarão.

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