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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Perdido seja para nós o dia em que não se dançou nem uma vez! E falsa seja para nós a verdade que não tenha sido acompanhada por uma risada. Nietzsche




Dois rios

Estranho é o rio que me leva
Desde a vertente até a foz
E sabe que a vida é breve
Mas o eterno está em nós

Rebelde é o rio que me embala
Por entre cheias e enchentes
Às vezes, em águas claras
Mas em turvas, quase sempre

Dois rios carrego comigo
Dois destinos diferentes
Um é a alma que eu sigo
O outro, o corpo que o prende
Um é o sonho... é o perigo!
O outro é a dor que me vence.

Dois rios carrego comigo
Dois destinos diferentes
Um é o corpo... o abrigo
O outro é a alma incoerente
Um é do chão, um cativo
O outro quer voar de repente

Dois rios que se unem somente
Quando em suas margens te vejo
E se encontram a foz e a vertente
Em corpo e alma e em desejo
E que chegam ao mar... de repente
Quando enfim naufrago em teu beijo!

Martim César

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