Rosa dos ventos
Em botas de sete léguas
Cruzei os umbrais do tempo
Quixote ante os cataventos
Lutando por Dulcinéia
Ulisses nem sonharia
Os passos dessa Odisséia
Penélope na eterna espera
Não sei se me esperaria
No oceano mais profundo
No frio do mais frio inverno
Morri por fazer-me eterno
Para entender num segundo
Que lá no fundo mais fundo
Não é o saber nem a fé...
Lá onde não dá mais pé
O amor é que move o mundo!
Dos braços do firmamento
Roubei a noite mais bela
Deixei na janela dela
A rubra rosa dos ventos
Netuno, senhor dos mares,
Escravo de uma sereia
Por escutar seus cantares
Preso ficou em sua teia.
Martim César
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