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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

El poema no muere por haber vivido, está hecho expresamente para renacer de sus cenizas y volver a ser infinitamente lo que acaba de ser. Paul Valéry

Os óculos de Allende

Os sapatos que restaram em Auschwitz
são parecidos aos que uso
todos os dias,
Mas não são iguais.

Os óculos de Allende sobre uma mesa
em la Moneda,
são parecidos aos meus,
Mas não são iguais.

A risada de Carlitos mostrando um mundo
de palhaços e crianças,
- não de tiranos e amargurados -
é parecida à minha,
Mas não é igual.

Já o teu sonho pequeno...
(quase insignificante, talvez)
de ser feliz - apesar de tudo -
sem infelicidades alheias,

Esse não é parecido ao meu...

é exatamente igual!


Martim César

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Olá Martim...que fofinho seus versos!
    Tens razão...quiça ser feliz sem infelicidades alheias, um momento versado num click cinematográfico!
    Ótimo feriado
    Abraços - Patricia Berlanda

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