(A Chiche y Sabalero, dos boemios uruguayos, tangos y candombes van con ustedes, recuerdos y nostalgias quedan con nosotros)
Pequenos apontes sobre a saudade
Frágil teia que se rompe sem se ver
Sem que ninguém saiba a hora e o lugar
De repente chega o anoitecer
E a manhã de sol que já não mais virá
Restam fotos de saudade nas paredes
E na rede só o vento a se embalar
Restam ruas sem o ressoar dos passos
E os abraços que não pode mais se dar
Uma voz que se erguia em rebeldia
Se rendeu às armadilhas do silêncio
Um sorriso em que cabia toda a paz
Não é mais que lembrança de momento
Um olhar que incendiava o sol
É farol que se apagou em nosso tempo
Que fronteira que se cruza num segundo
E nos deixa sempre o mundo mais vazio
Que universo que o verso não alcança
Que distância que só vence quem partiu!
Há um rastro dessa ausência nas canções
E mil razões que não têm como explicar
Há um nome que a saudade sempre lembra
E um poema que ainda espera o seu final!
Martim César
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