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terça-feira, 19 de outubro de 2010

E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti. F. Nietzsche





Ponto de inflexão

Ali estava eu, em plena curva descendente
No rumo sul (eu que jamais tivera um norte)
Já sabendo, meu amor, qual a minha sorte
Pois ninguém cai e segue, assim, eternamente

Chegaria o final, em algum solo, de repente
Ainda que isso – nessas horas – pouco importe
(O que mata, na verdade, é a caída, não a morte
E o que nos trai não é o abismo e sim a mente!)

Ali estava eu, quase chegando, assim, ao chão
Sendo mais um, na hora comum de uma partida
Sem levar malas (que não permite essa estação)

Quando uma voz pediu: ‘adia a tua despedida
Que eu tenho em mim teu ponto, enfim, de inflexão...’
Deu-me asas e cá estou eu (valha-me Deus!)
............................................................noutra subida!!!

Martim César

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