O espelho das sangas
Um sol maragato
Se timbrou na tarde
Brasa se apagando
Mas que ainda arde
Bombeio a paisagem
Lembrando nós dois
Mas várzeas de saudade
Não engordam bois
Desde que partiste
Chegou a estiagem
Minha alma triste
É como a paisagem...
E alguma lágrima
Me molhando às vezes
Lembra que nos campos
Já não chove há meses
Mas se tu voltares
Minha linda, eu juro
Choverá a cântaros
Neste fim de mundo
E as sangas que secaram
De sede e saudade
Ganharão os pastos
Só pra ver tua imagem
E as sangas que secaram
Romperão suas margens
Espelhando a volta
Da felicidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário