Reflexões
sobre um dia de paz
Quando a temos por
perto, não nos importamos
No entanto, ao
chegar, era tão bem-vinda
Se convive com a
gente, quase nem notamos
Mas ao partir
pensamos que é tão cedo ainda
São esparsas
visitas que tão pouco duram
Pois quando
reparamos, já não está mais
É um barco sereno
que em noites escuras
Se perde nas
lonjuras sem achar um cais
Ao migrar é faca,
abrindo as feridas
Mostrando que a
vida faz o que bem quer
É o bem e o mal
se enfrentando sempre...
É o amor da gente
na flor do malmequer
Pomar que não dá
frutos se não o semeamos
É essa ave arisca
que chamamos paz
Pois ela só
existe quando aceitamos
Que é dentro de
nós que ela, enfim, se faz!
Há quem faça a
guerra por não lhe dar valor
Há quem em vez de
praças só construa muros
Mas há quem dê
sua vida lutando por ela
Abrindo, assim,
cancelas pra paz do futuro!
Celino
Leite/Martim César
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