(Letra da música vencedora da Galponeira de Bagé - Homenagem a Élbio Ramirez, 70 anos de lida rural, entre o Herval e Jaguarão... gaúcho a pé, como muitos dessas lonjuras pampeanas).
Um
campeiro sem cavalo
Aí
vai Don Élbio Ramires
Com
seu poncho cor de terra
Parece
um índio nascido
No
tempo antigo das guerras
Nas
alegrias bom trago
E
nas tristezas também
Gesto
amigo para todos
Sem
nunca mirar a quem
Pelas
carpas de carreiras
Ou
na volta de um assado
Aí
'tá dom Élbio proseando:
Ser
livre não é um pecado!
Não
é preciso um cavalo
Pra
conhecer-se um campeiro
Há
gente que de tão pobre
Só
o que tem é dinheiro
Melhor
ser rico no jeito
Ter
na alma um rio profundo
Às
vezes quem não tem nada
Tem
muito pra dar ao mundo
Nos
rancherios da Fronteira
Não
necessita licença
Pois
é um amigo ‘das casa’
Ser
bueno tem recompensa!
Aí
vem Don Élbio despacio
Se
arrimando a uma bailanta
Campeando
sonhos pra alma
E
uns traguitos pra garganta!
Martim
César
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