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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mi campo conserva cosas guardadas en su silencio, que yo gané campo afuera, que yo perdí tiempo adentro. Osiris Rodriguez Castillo




 (Letra da música vencedora da Galponeira de Bagé - Homenagem a Élbio Ramirez, 70 anos de lida rural, entre o Herval e Jaguarão... gaúcho a pé, como muitos dessas lonjuras pampeanas).


Um campeiro sem cavalo

Aí vai Don Élbio Ramires
Com seu poncho cor de terra
Parece um índio nascido
No tempo antigo das guerras

Nas alegrias bom trago
E nas tristezas também
Gesto amigo para todos
Sem nunca mirar a quem

Pelas carpas de carreiras
Ou na volta de um assado
Aí 'tá dom Élbio proseando:
Ser livre não é um pecado!

Não é preciso um cavalo
Pra conhecer-se um campeiro
Há gente que de tão pobre
Só o que tem é dinheiro

Melhor ser rico no jeito
Ter na alma um rio profundo
Às vezes quem não tem nada
Tem muito pra dar ao mundo

Nos rancherios da Fronteira
Não necessita licença
Pois é um amigo ‘das casa’
Ser bueno tem recompensa!

Aí vem Don Élbio despacio
Se arrimando a uma bailanta
Campeando sonhos pra alma
E uns traguitos pra garganta!

Martim César

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