(Shikhei Goh -Natgeo)
De
torres e guardiões
Pousada
em uma árvore
(entre
o vilarejo e o deserto)
A
vida
-
disfarçada de cigarra –
girava
o pescoço
(como
fazem as cigarras)
para
melhor olhar a cena
Do alto
O
guardião vigiava
vigiava
vigiava
Embaixo
O
soldado inimigo
(que
cercava a fortaleza)
vigiava
vigiava
vigiava
Anos
como horas passando
Tique-taque,
tique-taque, tique-taque
A
vida
- talvez cansada
do marasmo -
começou a cantar
e tanto fez que
explodiu
(como sucede com
as cigarras)
Por isso não pôde
ver
-
a felizarda! -
que ambos:
guardião e
soldado
Já
então haviam se transformado
em formigas.
Martim
César
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