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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Dá-me um poema... um só... e eu já moverei o mundo! (Alavanca de Arquimedes) Martim César





A fortaleza

Era uma fortaleza inexpugnável.
Dizem os que a cercaram e ainda vivem,
Que durante tempos mais eternos que o próprio tempo,
Ela resistiu a todas as investidas.
Dizem, também, que os maiores cérebros da humanidade,
Através dos cálculos e das tecnologias mais avançadas,
Inventaram armas cada vez mais potentes e destrutivas,
E que, mesmo assim, nem canhões, nem mísseis,
Nem bombas infalíveis lançadas com precisão cirúrgica, Alcançaram destruir as suas muralhas defensivas.
Era uma fortaleza realmente inexpugnável,
Até o dia em que um louco que nada entendia de batalhas,
Nem de guerras, nem de cercos, nem de táticas militares,
E muito menos de complicadas estratégias de combate,
Inventou uma estranha arma
que chamou de poesia.
E, por primeira vez - e para sempre -,
Foi possível penetrar no quase inexpugnável 
coração dos homens.


Martim César

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