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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tenho asas, mas não vôo. Minha alma está presa na gaiola do meu próprio corpo.

Quando estou longe de mim

Agora que a vida vem
Pintar geadas no meu cabelo
E que este céu de inverno
Já se esqueceu das estrelas
É que repenso a distância
Que me trouxe até aqui
É que estranhamente percebo
Que eu estou longe de mim

Quanto de mim se extraviou
Pelas curvas do caminho
Quantas flores perdi
Por medo dos seus espinhos
Quanto de mim silenciou
Do outro lado da porta
Quanta vida represada
Num rio de águas revoltas

Uma parte de mim quis ser mar
E saiu, qual navio à procura de um cais
Outra parte de mim quis voar
E foi chão...solidão... calmaria sem paz

Por sorte a vida renasce
No sol de cada manhã
E essa certeza é que embala
Os acordes desta canção
Senão seriam mais tristes
As noites que eu já vivi
E eu estaria, por certo
Bem mais distante de mim

2 comentários:

  1. Olá, adorei este poema. Não tem nome do Autor, foi você quem escreveu?? Queria citá-lo no meu facebook...
    Abraços
    Paula
    http://velvettouchbypaula.blogspot.com.br/

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  2. escutar essa música na voz de Maria Conceição Peter é realmente demais !

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