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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O que mata a sede não é o copo... e sim a água. Glenio Fagundes

Poema a ser reescrito

Quando me busco por dentro
No poço fundo de mim
Sem rumo e insone me perco
Preso num enredo sem fim

Quem saberá o segredo
Dos medos que eu já não nego?
(Qual luz que habita o silêncio
da imensa noite dos cegos)

Eu queria uma alma serena
(Que só na infância se tem!)
Um papel esperando um poema
Sem saber qual o verso que vem

Eu queria uma vida reescrita
E outra vez sentir a emoção
Da magia sem par dessa hora
Em que nasce uma nova canção

Mas quando, às vezes, no escuro
Em mil lembranças me acendo
- Madrugado e desperto -, descubro...
Jamais há um regresso no tempo!

Martim César

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