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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Até sei como tudo começou... mas não tenho a mínima idéia de onde isso vai parar!
De luz e sombras
(Era Borges o cego, ou cegos seremos nós?)
Quando o sol morreu no olhar
Ainda restaram as estrelas
Mas depois de o céu nublar
Já nunca mais pôde vê-las
No pátio imenso das casas
Envelheceram as meninas
O tempo que a tudo abrasa
Vestiu de luto as retinas
Quem tem a visão do mundo
Enxerga, ás vezes, sem ver
E passa a vida no fundo
Da escuridão do seu ser
Mas quem da dor fez o verso
E da tormenta fez calma
Descobriu outro universo
Na senda oculta da alma
Como fantasma entre vivos
Conhecedor de dois planos
O cego entre os seus livros
Riu dos limites humanos
Entre mortais, fez-se mago
Farol, nos mares da vida
Onde nós, pobres náufragos
Ainda estamos à deriva
Martim César
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Buongiorno!
ResponderExcluirAmei de paixão este, não conhecia!
Parabéns Martim.