Olhos de índio
Sobre um rio de asfalto onde os carros navegam
Dois mundos se enxergam, frente a frente existindo
Nos olhos do branco brilham luzes que cegam
Nos olhos do índio só o passado perdido
Quem avista da estrada seu tristonho presente
Seu viver inclemente de abandono e amargura
Despreza o seu jeito por ser tão diferente
E nem ao menos pressente sua milenária cultura
Personagens estranhos desse novo cenário
Onde regras e horários encarceram os homens
Onde crescem cidades de milhões solitários
De prateleiras repletas e de tantos com fome
São olhares distantes nas margens da estrada
Histórias veladas que o tempo desfez
Nas cestas de vime a herança deixada
A planta arrancada não germina outra vez!
Martim César
Sobre um rio de asfalto onde os carros navegam
Dois mundos se enxergam, frente a frente existindo
Nos olhos do branco brilham luzes que cegam
Nos olhos do índio só o passado perdido
Quem avista da estrada seu tristonho presente
Seu viver inclemente de abandono e amargura
Despreza o seu jeito por ser tão diferente
E nem ao menos pressente sua milenária cultura
Personagens estranhos desse novo cenário
Onde regras e horários encarceram os homens
Onde crescem cidades de milhões solitários
De prateleiras repletas e de tantos com fome
São olhares distantes nas margens da estrada
Histórias veladas que o tempo desfez
Nas cestas de vime a herança deixada
A planta arrancada não germina outra vez!
Martim César
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