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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A memória guardará o que valer a pena. A memória sabe de mim mais que eu; e ela não perde o que merece ser salvo. Eduardo Galeano

Dilema

Para sempre, em duas metades, repartido
Sem saber qual sou eu, dentre essas partes
A racional - feito um discípulo de Descartes
Ou a passional - feito um escravo de cupido?

Seguir a fé, com os seus ritos e estandartes
Sem questionar o porquê de haver nascido
Ou seguir a ciência onde tudo tem sentido
Menos o amor que faz nascer todas as artes?

A eterna dúvida do que sou, guardo comigo
Feito o dilema que consome a minha mente
Ou a resposta que, em vão, busco e persigo

Há dois caminhos a seguir, mas qual eu sigo?
Sou um que pensa e, também, outro que sente
Digo o que sou, mas nunca sou isso que digo!


Martim César

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