Um intruso no porão
Abro a porta... a escuridão se esconde desconfiada
Não me reconhece ou acaso só recorde vagamente
Sou um intruso, depois de tanto tempo ausente
E, contudo, sou o mesmo, embora a face tão mudada
Então desço as escadas do passado lentamente
(Parte da minha vida se desperta assombrada)
Pareço algum fantasma que retorna à sua morada
Depois de andar por longa noite em meio à gente
Pareço algum fantasma e acaso sou, mas estou vivo!
Embora em mim haja um sem fim de coisas mortas
Que pesam tanto e das quais nem lembro seus motivos...
Estou vivo ou estou morto? Afinal, o que importa?
Sou personagem de uma história que eu li num velho livro
Melhor deixar assim... subir os meus degraus,
............................................................................fechar a porta!
Martim César
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