O primeiro poema
O menino apanha a pena
Primeira vez frente ao papel
E o seu limite é apenas
O sonho... do chão ao céu
Em cada frase ele acalma
Algum fantasma interior
Não é a mente. É a alma
Que dá ao verso o valor
De onde virá o seu dom
(a estranha e antiga magia)
Fúria de luz e de som
Que faz da tinta poesia?
Vai ser Drummond ou Pessoa
Vai ser Neruda ou Quintana
Esse menino que voa
Além da fronteira humana?
Depois... ao findar a poesia
Em êxtase, olha sua mão
Igual a Deus - quem diria?
Tem o poder da criação
Mas já uma idéia cruza
E em sua mente se grava
Há que ter pressa! - a musa
Ditou-lhe outra palavra...
Martim César
Me Queda la Palabra
ResponderExcluirSi he perdido la vida, el tiempo, todo
lo que tiré, como un anillo, al agua,
si he perdido la voz en la maleza,
me queda la palabra.
Si he sufrido la sed, el hambre, todo
lo que era mío y resultó ser nada,
si he segado las sombras en silencio,
me queda la palabra.
Si abrí los labios para ver el rostro
puro y terrible de mi patria,
si abrí los labios hasta desgarrármelos,
me queda la palabra.
Blas de Otero
E que viva a palavra
a eterna musa dos poetas...
Parabéns, chamigo!
Enilton Grill