O
rio é o sangue da terra
Quem
mata a sede de um rio
Que
está morrendo no olhar
…
pedaço de céu que caiu
E
foi correndo até o mar?
Se
hoje no chão das margens
Só
a tristeza é quem passa
Se
o lixo sobre a paisagem
Manchou
o branco das garças
Quando
enfim entenderemos
Que
cada rio é uma artéria
E
que cada gota do seu leito
É
o próprio sangue da terra?
É
o que dá vida ao planeta...
A
água, o solo, o ar puro...
Herança
que o homem deixa
Pras
gerações do futuro
Há
um rio morrendo de sede
Frente
ao descaso do homem
Que
atira rede e mais rede
Mas
já não mata a sua fome
Talvez
num dia... já perto!
Os
rios, cansados de tudo
Nos
mostrarão num deserto
O
que fizemos do mundo!
Martim César
Nenhum comentário:
Postar um comentário