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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Meu pai contava, seu moço, que em tempos do meu avô havia festa, alvoroço, na volta dos pescadô... Martim César



O rio é o sangue da terra

Quem mata a sede de um rio
Que está morrendo no olhar
… pedaço de céu que caiu
E foi correndo até o mar?

Se hoje no chão das margens
Só a tristeza é quem passa
Se o lixo sobre a paisagem
Manchou o branco das garças

Quando enfim entenderemos
Que cada rio é uma artéria
E que cada gota do seu leito
É o próprio sangue da terra?

É o que dá vida ao planeta...
A água, o solo, o ar puro...
Herança que o homem deixa
Pras gerações do futuro

Há um rio morrendo de sede
Frente ao descaso do homem
Que atira rede e mais rede
Mas já não mata a sua fome

Talvez num dia... já perto!
Os rios, cansados de tudo
Nos mostrarão num deserto
O que fizemos do mundo!


Martim César

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