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a respeito do tempo
Belqui,
te lembras
Dos
sonhos antigos
Dos
dias vividos sem norte e sem sul?
Te
lembra da roupa surrada, na beira da estrada
Do
tango argentino bem mais do que um Blues?
Belqui,
te lembras
Que
o velho era novo
Pelas
ruas o povo se matando por paz?
Do
condor vigiando pelos becos e esquinas
Enquanto
a menina a gente beijava no filme em cartaz?
Belqui,
o tempo passou e ninguém avisou
Que
outro iria chegar...
Belqui,
eles buscam teu rumo
Sem
saber que o teu mundo
Está
em outro lugar...
Belqui,
eles seguem os mesmos contando metais
Mas
são pobres mortais que não podem voar...
Por
favor, não se assustem,
Eu
quis dizer, me desculpem,
Que
são ricos demais e não podem sonhar!
Belqui,
te lembras
De
uma canção solta ao vento
E
que não havia silêncio que calasse tua voz?
Sem
dinheiro no banco, mas dizendo, no entanto,
Que
ninguém te diria de que lado nascia a luz do teu sol?
Belqui,
te lembras
Desse
dia... faz pouco!
Em
que estiveste conosco em um lugar mais ao sul?
Belqui,
o teu norte está em ti e nele canta um país,
Sem
entender teu perfil de um cidadão... incomum.
Martim
César
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