www.martimcesar.com.br

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Meus versos é como semente que nasce arriba do chão; Não tenho estudo nem arte, a minha rima faz parte das obras da criação. Patativa do Assaré




 No cantar de Patativa

 
Quando aluou-se Patativa do Assaré
Toda a caatinga num repente ficou triste
O sertão, seu moço, que alegre nunca é
Mas que na fé e na canção sempre arresiste

Todo poeta popular traz por destino
Desde menino, cantar as coisas do seu chão
É ave livre... a alma inteira na garganta
Que se levanta contra as vozes da opressão

Quando chove lá nas bandas do Agreste
A terra se veste com a beleza de uma flor
Mas a chuva de hoje, seu moço, me parece
Uma lágrima a correr no olhar de um cantador

Tua palavra, Patativa, é como o sol ou o luar
Alumiando na cantiga, não morrerá nunca mais não
O teu verso é a voz do povo, é a semente que arresiste
O teu canto não é triste, nem alegre... é o sertão!

O teu canto, Patativa, é como a vida deste chão
O teu canto, Patativa, é o sertão... é o sertão!


Nenhum comentário:

Postar um comentário