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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Um poema não pode mudar o mundo, mas... talvez... quem sabe...



A borboleta

Eu queria fazer um poema que falasse em ti.
Que te respirasse. Que te fosse alma.
Que bebesse da tua boca o sereno das manhãs.

Eu queria fazer um poema que nascesse em ti.
Que te descobrisse. Que te fosse sol.
Que molhasse em teu sorriso a luz do luar.

Mas não consegui.

Pois quando aquela borboleta cismou em te tocar
E eu pensei que fosse algo relacionado com a cor
Ou com o teu perfume... (O que realmente era)

Pois quando aquela folha viva voou ao teu redor
Roubou todas as palavras que eu sonhava te falar
E te ofertou, assim, pousando em ti,
o mais belo poema
que alguém poderia
te escrever.
 





Martim César

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