www.martimcesar.com.br

quarta-feira, 17 de abril de 2013

La tierra sangra y reclama por las heridas, ella que es nuestra casa, que es nuestra vida... la tierra sangra y avisa que no hay más tiempo , es hoy que se cambia todo o nos lleva el viento



Sertão das águas


Arrepare n’água, seu moço
Parece ser tão igual
Mas o seu jeito de poço
Dá bem a cor do seu mal

Eu vô fiando essas rede
Tentando sobrevivê
Olhando o rio, que de sede
Já não faz mais que morrê

Meu pai contava, seu moço
Que em tempos do meu avô
Havia festa... alvoroço
Na volta dos pescadô

Agora as rede se some
Pelas fundeza do rio
E quando voltam os home
Só barco e olhos vazios

Não sei vivê doutro jeito
Sou pescadô de pequeno
De quando as água do leito
Não conheciam veneno

Vejo no olhar do meu filho
A mesma interrogação
Pra quê as rede que eu fio
Se a vida volta mais não?


Martim César

Nenhum comentário:

Postar um comentário