O sol é um lenço encarnado
Pintado
no entardecer
Emoldurado
num quadro
Que
muitos olham sem ver
Mas
ele sugere a história
Que
forjou pampa e país
De
um povo que na memória
Há
de encontrar sua raiz
A
lua é um lenço branco
Timbrado
no céu azul
Talvez
por um Deus chimango
Que
se aquerenciou neste Sul
Ou
talvez um Deus maragato
De
lenço rubro na cor
Que
às vezes se vê num retrato
Banhado
à luz do sol-pôr
Já
não estão aqueles homens
Honório,
Flores, Saravia...
Mas
não se apagam os nomes
Dos
que semearam três pátrias
Por
eles... somos cantores
Por
eles... eu tiro o chapéu
A
alma e o sangue nas cores Desses dois lenços... no céu!
Martim
César
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