Memorial
de Campo
Se
foram nessas urgências
Que
sempre traz a cidade
Aos
olhos do homem do campo
Que
ao ver essa claridade
Embora
não entenda tanto
Se
rende a esse falso encanto
De
sonho e prosperidade
Despovoou-se
a campanha
Como
se, enfim, uma era
Chegasse
ao fim da existência
Ficaram
atrás... numa espera
Enchendo
os pagos de ausência
Pelos
ermos da querência
O
triste olhar das taperas
Ontem
se foi o Cataco
Não
faz muito o Belarmino
É
esse o duro destino
Dos
corredores do pago
Lá
do Bote o Dorvalício
Se
foi um dia pra sempre
Dos
filhos do seu Tocajo
Nenhum
ficou pra semente
Se
foram todos pra o povo
Buscar
o quê? Não se sabe...
Restou
atrás o abandono
Que
o tempo chamou saudade.
Talvez
na voz dos seus filhos
Hão
de voltar mil tropeiros
Destaperando
as distâncias...
Num
'ô de casa' estradeiro
Caseiros...
peões de estância
Num
cantochão de esperança
De
volta aos pagos campeiros
E
os gritos de volta tropa!
Venha-venha!...
êra boiada!
Hão
de se ouvir novamente
Desde
o Cerrito até a Armada
Pra
nunca mais minha gente
Ser
raiz que de repente
Foi
da sua terra arrancada!!!
Martim César
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