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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por una cabeza todas las locuras, su boca que besa borra la tristeza, calma la amargura. Por una cabeza... si ella me olvida qué importa perderme mil veces la vida... para qué vivir? Le Pera/Gardel





Como se fosse o Gardel

Cruzou garboso pela sala
Ladeando um pouco o chapéu
Num traje negro pura gala
Como se fosse o Gardel

Tirou uma rosa da lapela
E ofereceu-a com jeito...
Então, enfim, cantou pra ela
Tudo o que havia em seu peito

Amada, teus olhos são duas estrelas
Ao vê-las, meu coração se enternece
Parece que toda flor se resume
No cheiro do teu perfume
Que em minha alma floresce.

Ela fitou-o assim de lado
Desde o sapato ao chapéu
A esse moço empertigado
Como se fosse o Gardel

Fechou seu leque lentamente
Tirou dos lábios a piteira
E contestou-lhe secamente
Pra que jamais se esquecera...

Amigo, não sei pra quê fazer alarde
É tarde - quase murchava essa flor! -
No amor, também importa o momento
Saiba que faz muito tempo
Que tenho outro cantor!!!

Martim César

Um comentário:

  1. Parabéns, com muita admiração ao teu trabalho. Sou da Radiocom e volta e meia ouço no teu nome, vejo composições e versos. Sem dúvida, um grande poeta! abraços.

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