Como
se fosse o Gardel
Cruzou
garboso pela sala
Ladeando
um pouco o chapéu
Num
traje negro pura gala
Como
se fosse o Gardel
Tirou
uma rosa da lapela
E
ofereceu-a com jeito...
Então,
enfim, cantou pra ela
Tudo
o que havia em seu peito
Amada,
teus olhos são duas estrelas
Ao
vê-las, meu coração se enternece
Parece
que toda flor se resume
No
cheiro do teu perfume
Que
em minha alma floresce.
Ela
fitou-o assim de lado
Desde o sapato ao chapéu
A
esse moço empertigado
Como
se fosse o Gardel
Fechou
seu leque lentamente
Tirou
dos lábios a piteira
E
contestou-lhe secamente
Pra
que jamais se esquecera...
Amigo,
não sei pra quê fazer alarde
É
tarde - quase murchava essa flor! -
No
amor, também importa o momento
Saiba
que faz muito tempo
Que
tenho outro cantor!!!
Martim
César
Parabéns, com muita admiração ao teu trabalho. Sou da Radiocom e volta e meia ouço no teu nome, vejo composições e versos. Sem dúvida, um grande poeta! abraços.
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