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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo. Com o lápis em torno da mão e me dou uma luva e se faço chover, com dois riscos tenho um guarda chuva. Toquinho




O primeiro poema

O menino apanha a pena
Primeira vez frente ao papel
E o seu limite é apenas
O sonho... do chão ao céu

Em cada frase ele acalma
Algum fantasma interior
Não é a mente. É a alma
Que dá ao verso o valor

De onde virá o seu dom
(a estranha e antiga magia)
Fúria de luz e de som
Que faz da tinta poesia?

Vai ser Drummond ou Pessoa
Vai ser Neruda ou Quintana
Esse menino que voa
Além da fronteira humana?

Depois... ao findar a poesia
Em êxtase, olha sua mão
Igual a Deus - quem diria?
Tem o poder da criação

Mas já uma ideia cruza
E em sua mente se grava
Há que ter pressa! - a musa
Ditou-lhe outra palavra...

Martim César





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